Uma comitiva de vereadores visitou na manhã desta quarta-feira, 27, o Centro de Referência de Tratamento da COVID-19, com o objetivo de saber informações relacionadas ao atendimento de pacientes que eventualmente estão com sintomas do coronavírus, e também ao quantitativo atual disponível de testes rápidos, para diagnóstico da doença.

O paciente Nardes Gato foi em busca de fazer o teste rápido na unidade e recebeu a informação que não tinha testes suficientes para todos.

"O que me chateia mais é que não tem teste rápido pra fazer. Porque eu com certeza to contaminado com esse vírus, porque minha esposa teve. E quando eu chego aqui, dizem que não tem teste pra fazer. A gente vê um descaso com a saúde pública, todos nós precisamos saber se estamos realmente com o vírus. E aí em outros lugares eles dizem que tem, a gente fica sabendo nas redes sociais, nos comentários que tem esse material, mas quando a gente vem direto, na realidade ver onde é que tá, a gente não encontra" relatou o paciente.

A enfermeira responsável pela Unidade, informou aos vereadores que naquele momento havia uma caixa contendo 27 testes rápidos, e que os mesmos estão sendo realizados de forma prioritária: "A quantidade de testes que nós temos aqui são poucos. A gente tá dando prioridade para os pacientes que precisam retornar ao trabalho. Então, os pacientes ficam em isolamento durante quatorze dias, no décimo quinto dia é feito o teste, que ele tem esse período para realizar. E tem só pra esses pacientes que a gente tá dando prioridade", disse Viviane Viana Enfermeira e Coordenadora do Centro de Referência de Tratamento a COVID-19.

As denúncias foram checadas pelos cinco vereadores sobre a falta dos testes rápidos na unidade referência a COVID-19. Para o Presidente do Legislativo, Marcelo Andrade do PSDB, a quantidade de testes é mínima para uma demanda alta, ficando desproporcional o atendimento de quem vai em busca do serviço:

"A moca me disse que tem alguns, que é feito pra quem vai retornar ao trabalho. Que na verdade, não deveria ser assim, tinha que ter testes para todos", ressalta Marcelo.

A comitiva de vereadores esteve na Unidade Básica de Saúde, no Bairro Penta. Lá puderam notar a normalidade no funcionamento da unidade, um pequeno desabastecimento em medicamento, mas que a demanda será solucionada muito em breve:

"Falamos com a Enfermeira Vania, que relatou que realmente não tem (Testes Rápidos), já teve. A UBS aqui, já teve dispensação de medicamentos, no caso da azitromicina, ivermectina enfim. Os medicamentos muita das vezes o médico passa ele passa, agora não tem mais, eles referenciam para o CIACA, a questão do teste rápido. Então, a gente precisa melhorar o atendimento primário, dar esse suporte. Acredito que a saúde preventiva, ela tem uma eficácia muito maior e um custo muito menor. Quando você deixa pra atacar na curativa, quando já está bem avançada, quando já está agravado o caso, é muito mais difícil para o nosso município, que nós não temos uma estrutura hospitalar pra manter esse paciente aqui, então a gente tem que transferir esse paciente pra fora", alertou a Vereadora Josy Seixas

"Creio que logo, logo, segundo as enfermeiras já está chegando para o município de Oriximiná, e com certeza vai ser amenizado essa situação", falou a Vereadora Marta Godinho, sobre a demanda de testes rápidos.

"Nós como fiscais do povo estamos aqui verificando todas essas situações, apesar da câmara estar em recesso, mas os vereadores não estão parados, nós estamos trabalhando, exercendo o nosso poder nos dado de fiscal, de fiscalizar. E nós vamos dar uma resposta a sociedade", afirmou o Vereador Lico do Bené (PDT).

"Nessa visita, nós colhemos que é para na reunião com a secretária de saúde, nós possamos levar todas essas demandas que colhemos desses lugares", disse a Vereadora Keké Batista (MDB).

O Hospital Municipal de Oriximiná também esteve no roteiro da visita dos vereadores. O encontro aconteceu com a presença do diretor da Unidade Demerson Printes, onde foi levantado sobre a capacidade do número de leitos que o HMO dispõe em sua totalidade, qual seja, vinte e oito, ou seja, atingiu sua lotação máxima: "Disponível? Nenhum. Se chegar hoje cinco, agora, vamos ter que dar um jeito. Como a gente deu de manhã que não tinha, e a gente conseguiu três leitos e conseguiu internar os três que chegaram em estado grave. Hoje a gente tem quatro cadeiras, que eles ficam ali aguardando, e a gente providenciou. Ninguém esta sem leito", afirmou o Diretor do HMO Demerson Printes.

A estratégia do governo é desativar o pronto socorro e direcionar os pacientes para a UPA 24hs. Outro ponto que foi questionado foi sobre o raio-x, o equipamento passa por manutenção e apenas o raio-x portátil está funcionando:

"O prefeito já entrou em contato com a técnico, eles vieram aí, desmontaram a peça, já tiraram a peça, que vai ser feito a revisão dela. E deram um prazo em torno de dez a quinze dias, enquanto isso, a gente tem que ta usando o portátil. Quando chove na sala de raio-x, alaga gente. Não adianta colocar uma máquina caríssima ali, se ta chovendo, se ta alagando. Temos que arrumar primeiro a estrutura, pra depois colocar a máquina lá. Enquanto eles estão arrumando a peça, a gente ta tentando arrumar a sala", disse.

CÂMARA MUNICIPAL DE ORIXIMINÁ

DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO